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À medida que as tecnologias em saúde evoluem, os pacientes ficam mais ansiosos que os fornecedores, mostra estudo

Os principais players do mercado tecnológico — incluindo a Apple, a Amazon e o Google — estão começando a atuar no setor de saúde, com o objetivo de usar a aprendizagem de máquinas, a inteligência artificial e os dispositivos inteligentes para transformar radicalmente a forma como administramos os cuidados de saúde. Mas será que a indústria está pronta?

Realizamos recentemente uma pesquisa com mais de 1.100 adultos nos Estados Unidos sobre o comportamento em relação à saúde do consumidor, que mostrou que a indústria estava atrasada no que diz respeito aos investimentos em tecnologia — com quase 1 a cada 3 pacientes relatando que não podiam acessar facilmente seus registros médicos, como exames e diagnósticos.

Além disso, quando se trata de transmitir e compartilhar dados de diagnóstico — como radiografias, tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas — de um provedor para outro, 57% das empresas do setor de saúde ainda usam CDs; para 44% dos pacientes, esta transferência de imagens ainda demora um dia ou mais, tempo este que não é reduzido, nem mesmo para muitos casos urgentes.

Entre as principais descobertas que você pode explorar no nosso último estudo, ressaltamos que há uma enorme distância entre a expectativa dos pacientes em relação ao que os profissionais e as empresas do setor de saúde realmente oferecem. Acompanhe aqui alguns dos principais destaques do estudo.

Os pacientes estão mais confortáveis ​​do que nunca usando a internet

Os pacientes não são contra a tendência do uso da computação em nuvem para os serviços relacionados à saúde. De acordo com o estudo, 77% dos entrevistados disseram que confiam nos serviços de computação em nuvem ou não se preocupam com isso. 

Quanto mais jovem é o paciente, mais provável é que confie no serviço de computação em nuvem. A diferença é de 30% entre a geração Millennial (74%), que confia no uso de computação em nuvem para os serviços de saúde, contra 44% de confiança da geração Baby Boomer.

Os pacientes se dizem, portanto, confortáveis ​​usando a internet no que diz respeito à saúde pessoal. Embora as referências ainda sejam uma forma primordial para que os pacientes encontrem um novo médico, por exemplo, a pesquisa na internet também está começando a desempenhar um papel importante, com 42% dos entrevistados citando que eles realizam suas próprias pesquisas sobre saúde online.

Dois terços dos entrevistados — independentemente da idade e do gênero — disseram ainda que o agendamento de consultas e exames online também é fundamental para o envolvimento do paciente.

Quanto mais jovem for o paciente, mais relevante isso se torna, com 80% dos Millennials citando a facilidade de acesso, de agendamento e de consultas a registros médicos como um fator chave para a qualidade dos serviços de saúde.

Quando se trata de cuidados virtuais relacionados à saúde, há uma distância significativa entre as gerações, pois 34% dos entrevistados que têm entre 18 e 34 anos relataram receber cuidados médicos virtuais, e apenas 3% dos entrevistados com mais de 55 anos já receberam algum cuidado médico desta forma. Os homens relataram receber mais atendimento virtual do que as mulheres, o que representa 26% e 14%, respectivamente.

Como os provedores podem se tornar atraentes para o novo consumidor de saúde

Isso proporciona uma oportunidade para que médicos se diferenciem, seja por um site de fácil navegação ou pela possibilidade de agendamento de consultas online.

Alguns fornecedores já implementaram essas etapas iniciais, mas poucos satisfizeram completamente o interesse dos pacientes em relação à facilidade de acesso a todas as informações de saúde, onde e quando eles precisarem.

Vale lembrar que como muitos já usam a tecnologia para acompanhar outras áreas importantes da vida — como as finanças ou mesmo as informações sobre o seguro de saúde online —, é natural que os dados de saúde pessoal sejam o próximo passo para usar a tecnologia a favor desse controle.

De acordo com a pesquisa, 31% dos pacientes hoje não podem acessar facilmente suas informações médicas. 

Talvez seja hora dos serviços de saúde adotarem os modelos de outros líderes tecnológicos, como a Apple e a Netflix, que criaram planos familiares permitindo monitoramento compartilhado e organização de dados conjuntos. Isso pode ser muito valioso para os pais que procuram acompanhar informações importantes sobre a saúde dos seus filhos — como registros de vacinas.

Uma imagem vale mais do que mil palavras

Agora, quando falamos a respeito de dados de saúde, o que exatamente isso significa? Muitos pacientes já estão acompanhando relatórios e resultados clínicos online. No entanto, poucos são capazes de acessar facilmente imagens e resultados de exames de imagem: apenas 17% dos entrevistados disseram acessar ou compartilhar facilmente imagens médicas online.

Embora os radiologistas tenham sido tradicionalmente os “médicos dos médicos”, muitos pacientes estão se interessando cada vez mais em ver e entender esses relatórios e as imagens. Na verdade, 80% dos entrevistados disseram que gostariam de ter acesso aos seus exames de imagem acompanhados dos resultados dos mesmos, reforçando a necessidade dos pacientes terem acesso a laudos que possam ser facilmente compreendidos.

E por que é importante que os pacientes tenham acesso aos seus próprios exames por imagem? Vamos dar dois exemplos simples que vão ajudar  a entender: o gerenciamento centralizado de imagens médicas pode minimizar os índices de radiação desnecessários por meio de exames repetidos, o que é crítico para um paciente que mudou de um especialista para outro. Aguardar a chegada de uma imagem em CDs deve ser a última coisa que um paciente gostaria de se preocupar quando lida com uma condição séria de saúde.

Se os pacientes podem acessar facilmente uma segunda opinião médica e informações de exames clínicos online, eles também podem enviar suas imagens para outros médicos quando quiserem, permitindo uma conversa mais produtiva quando tiverem sua consulta.

O estudo confirma ainda que, mais do que nunca, os pacientes estão atuando como consumidores de saúde. Eles estão interessados ​​em assumir o papel de protagonistas na definição de quais serviços de saúde acessar e encontrar novos fornecedores por meio de suas próprias pesquisas na web, seja por seus celulares ou até mesmo por um atendimento virtual.

A demanda do consumidor existe: agora é a vez dos fornecedores adequarem os serviços de cuidados de saúde ao século XXI.

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