Tecnologia da informação em saúde: 3 maneiras de fazer funcionar
A tecnologia da informação em saúde é um recurso estratégico necessário nos dias de hoje e serve para melhorar os procedimentos médicos, ampliar os serviços clínicos, aperfeiçoar as relações de trabalho e reduzir os custos hospitalares.
Suas práticas estão sendo implantadas gradativamente, e as instituições clínicas estão despontando dentro desse competitivo mercado de saúde, fidelizando um maior número de pacientes.
O receio ainda existe, tanto por parte dos gestores administrativos, no que diz respeito aos altos investimentos, quanto por parte dos profissionais clínicos, que temem pelas alterações bruscas das rotinas hospitalares já instaladas.
Todavia, como toda inovação na área da saúde, é esperada uma resistência inicial, mas que no decorrer do seu uso, traz muitos benefícios, principalmente para os pacientes.
Por isso, listamos neste post, além das vantagens e obstáculos da tecnologia da informação em saúde, 3 formas de fazer funcionar essa implantação e quais benefícios ela traz para os pacientes. Confira!
Benefícios da tecnologia da informação em saúde
Os recursos tecnológicos trazem agilidade na produção, armazenamento, transmissão e acesso de dados clínicos em instituições de saúde. O que antes se fazia manualmente, já não é mais necessário. Hoje é possível inserir informações em softwares específicos para cada situação clínica.
As principais ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas nas instituições de saúde auxiliam no diagnóstico, nas intervenções cirúrgicas e no acompanhamento ambulatorial de pacientes.
Exemplo disso é a implantação do prontuário eletrônico, as tecnologias para cirurgias minimamente invasivas e a emissão de resultados radiológicos online.
As facilidades oferecidas pelas práticas tecnológicas impressionam a todos, tanto os profissionais mais reticentes quanto os mais antenados com a tecnologia nas práticas clínicas.
O objetivo final da inserção de tecnologias da informação em saúde é prover mais acurácia nos resultados, aproximar o profissional clínico das demandas biopsicossociais dos pacientes e estabelecer uma relação terapêutica mais duradoura.
Obstáculos para implantação das ferramentas tecnológicas em saúde
Sabendo das vantagens geradas em curto, médio e longo prazo, os gestores administrativos ainda se preocupam com a implantação dessas estratégias. Muitos alegam que o alto investimento é o fator impeditivo, enquanto outros não avaliam positivamente a prática.
Para desmistificar essas ideias é preciso investigar os tipos de softwares existentes no mercado, a sua adequação para a demanda dos serviços e os requisitos necessários para tal investimento.
Além disso, é crucial obter informações com outras instituições que já passaram por essa experiência e conhecer os principais obstáculos para implantação. Assim, alguns deles serão prevenidos antes de sua ocorrência.
Quanto ao quesito investimento financeiro, é preciso considerar não apenas a implantação in loco, mas outras questões que influenciam significativamente no sucesso dessa empreitada.
O estado de conservação dos computadores e o número de funcionários são alguns pontos a serem levantados, e o somatório deve ser contabilizado para não haver transtornos posteriores.
Feito isso, é hora de apresentar todas as cotações do mercado para a diretoria clínica e administrativa e mostrar as vantagens e desvantagens de cada software. Assim, uma decisão conjunta, na qual cada profissional opina sobre sua área, tende a ser mais eficiente.
Abordagens diferenciadas para uma implantação eficiente
Os gestores administrativos estão interessados na otimização das atividades, enquanto os clínicos na melhoria do atendimento. Por isso, é importante direcionar a abordagem para os benefícios que cada gestor terá com a implantação da tecnologia da informação em saúde. Veja abaixo algumas delas.
1. Foco nas atividades clínicas
O profissional clínico precisa de exemplos tangíveis de que a implantação será benéfica no seu cotidiano. Nesse sentido, pode ser apresentada a ele a possibilidade de armazenar dados clínicos e laboratoriais de forma simples, rápida e segura. Isso evitaria acúmulo de papel, erros de legibilidade dos prontuários e rasuras ou extravios de documentos, por exemplo.
Além disso, pode ser mencionado o compartilhamento de imagens médicas, transmissão de resultados radiológicos a qualquer hora e acesso fácil aos exames por meio de telefones, tablets e computadores.
Para os profissionais clínicos que já trabalham com o sistema PACS, é importante relacionar a sua compatibilidade com outros softwares, além dos ganhos de agilidade e flexibilidade na gestão das imagens médicas geradas e que precisam ser analisadas.
2. Foco nos relatórios gerenciais
Para o gestor administrativo, é crucial analisar a produtividade dos serviços e projetar as próximas atividades. Dessa maneira, é preciso sensibilizá-lo por meio dos diversos relatórios gerenciais que podem ser conseguidos a parametrização correta das informações a serem imputadas.
Esses documentos servirão de base para conhecer as atividades mais demandadas, as que têm um volume de pacientes incipientes, além de outros parâmetros gerenciais adequados à realidade da instituição.
A movimentação financeira, os custos e receitas, as glosas dos convênios e os tipos de procedimentos clínicos e cirúrgicos com maior retorno serão mensurados, bem como as atividades com piores resultados.
3. Foco em serviços diferenciados
A implantação de ferramentas tecnológicas agrega valor à instituição de saúde e fideliza os pacientes pelo diferencial nas atividades clínicas prestadas. Uma das estratégias de grande notoriedade é o armazenamento de imagens médicas em vários dispositivos.
Essa inovação permite o armazenamento seguro de imagens clínicas e exames laboratoriais, acesso 24 horas aos laudos obtidos e compartilhamento com qualquer unidade de saúde que opera com o mesmo software.
Para os médicos, é uma grande vantagem analisar o estado de saúde do paciente com resultados obtidos de maneira mais ágil, estabelecendo as condutas terapêuticas em tempo real e acompanhando sua evolução clínica.
Além disso, a possibilidade de armazenamento de exames clínicos na nuvem permite o acesso às informações de qualquer lugar com acesso à internet, reduzindo a manutenção de servidores e diminuindo a preocupação com atualização dos softwares.
Para os administradores, há uma oportunidade única em oferecer serviços inovadores e diferenciados que facilitam a vida dos médicos, melhoram as técnicas diagnósticas e fidelizam os pacientes mais exigentes.
Benefícios da Tecnologia da Informação em saúde para os pacientes
É fato que os tratamentos da área da saúde, estão cada vez mais evoluídos e promissores e, com isso, a eficiência dos serviços prestados para os pacientes também vem ganhando um grande destaque.
A tecnologia da informação em saúde está conseguindo transformar a relação médico-paciente cada vez mais humanizada e precisa, reduzindo a frequência de erros médicos e proporcionando um atendimento mais rápido e com muitas informações à disposição das equipes médicas.
Confira, a seguir, um pouco mais sobre os principais benefícios que a tecnologia da informação em saúde traz para os pacientes.
Agilidade no atendimento
Um atendimento ágil e eficiente é o desejo de todos os pacientes e gestores da área da saúde, não é mesmo? E com as facilidades que a tecnologia da informação proporciona, é possível ter uma rapidez no atendimento aos pacientes somada a uma excelente qualidade, o que colabora na construção de uma boa imagem e reputação de clínicas e hospitais, por exemplo.
Além disso, aqueles hospitais e grandes clínicas que têm um sistema de informação integrado, ou seja, que constituem desde a recepção, agendas médicas aos procedimentos mais complexos, como o controle de medicamentos, internações, agendamentos de cirurgias, ganham o bônus de se destacar dos concorrentes quando comparado aos processos manuais.
Podemos tomar como exemplo dessa característica de agilidade no atendimento um indivíduo adulto, que esteja viajando desacompanhado e que sofre uma crise de hipoglicemia.
Se ele faz seus tratamentos em um hospital ou clínica que utiliza dados em nuvem, é possível que o médico de plantão tenha acesso às informações daquele paciente e consiga definir, o mais rápido possível, o melhor tratamento para aquele momento.
Autonomia para o paciente
Outra vantagem que o uso da tecnologia da informação traz para os pacientes, diz respeito à autonomia que o paciente e sua família tem para planejar o tratamento proposto pelo profissional da área da saúde.
Isso acontece graças à disponibilidade fácil de acesso às informações médicas, que podem ser compartilhadas com mais profissionais. Ouvir uma segunda opinião pode ser bastante confortante, principalmente para situações mais delicadas, que exigem uma reflexão sobre qual o caminho mais adequado no tratamento.
Capacidade de diagnóstico
O diagnóstico com informações mais completas é uma outra possibilidade proporcionada pela tecnologia da informação, ou seja, com o uso do Prontuário Eletrônico, por exemplo, os profissionais conseguem ter uma visão mais ampla da saúde do paciente e, assim, podem definir e executar um tratamento mais adequado conforme o diagnóstico informado.
Esse tipo de ferramenta tem como objetivo principal integrar todas as informações dos pacientes. Ela serve como um arquivo que pode conter exames laborais e de imagens, além de outros dados pertinentes relacionados à saúde e ao bem-estar daquele paciente.
Vale ressaltar que é extremamente importante não apenas associar a tecnologia da informação em saúde ao armazenamento eletrônico dos dados dos pacientes, mas, sim, considerá-la uma tecnologia integrativa, que reúne informações de diferentes momentos, desde a entrada até a saída do paciente.
A tecnologia da informação em saúde é uma proposta inovadora que tem tudo para se firmar nesse nicho. Suas ferramentas são diversas e possibilitam o diagnóstico apurado, a organização dos processos gerenciais e o controle financeiro da empresa. Quando bem implantada e gerenciada, garante a ascensão da instituição de saúde e melhorias nos serviços ofertados.
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